Minha definição seria:
"Aquilo que me incomoda, me enebria, me ilumina, me faz rir, me faz chorar, me faz parar"
Assisti a pouco o filme CISNE NEGRO, indicação de muitos que me conhecem e sabe o quanto curto cinema, confesso que fui com pouca fé em assistir, estava mais pra uma aventura do tipo O TURISTA, mas acabei no lago do CINE NEGRO, não me arrependo. SIMPLESMENTE FANTÁSTICO. Saio de lá com algumas reflexões do tipo: Qual o limite entre o sonho e a realidade? Qual é o nosso verdadeiro lado?(analogia ao cisne negro e branco da peça) o NEGRO, ou o BRANCO? Quem somos realmente?
O filme me lembra dois grandes deuses da mitologia, DIONISIO E APOLO, onde o próprio Nietsche diz que representam os impulsos da natureza, e, tais impulsos são unidos na tragédia trazendo como resultado: uma tragédia sublime. Apolo e Dionísio se relacionam de forma equilibrada e um não pode ficar sem o outro, um impulso da natureza não pode ser manifestado sem a presença do outro. É verdadeiramente o CISNE BRANCO e o NEGRO.
Apolo acalma o que Dionisio provoca. Mas então, qual o lado correto? qual o verdadeiro EU?
Deixo vocês pensarem o seguinte: " Se procura ou procurou saber ou ser perfeito de alguma forma, só alcançará se estiver completo em si, seja qualquer parte, mas ainda sim, vc chegará na perfeição dos Deuses e não a de nós, homens."
Um comentário:
Sai do filme com o pensamento de "vazio"... Como se eu não tivesse uma opinião formada... Acredito que Nina em meio a sua frigidez "passageira", não conseguiu controlar o medo e a "responsabilidade" que colocaram em suas mãos.. Medo por ser um papel muito cobiçado, no qual era rodeado de pessoas baixas que faziam de um tudo para consegui-lo; e responsabilidade, por estar no lugar onde a mãe dela um dia quis estar. Em meio ao tumulto de sensações e sentimentos ela surta e acaba vivendo realmente os papeis dos cisnes branco e negro. Assim como no fim de "O lago dos cisnes" ela morre ao final do filme. No entanto não sabemos se ela realmente morre, ou até sua suposta morte é fruto de sua falta de controle emocional. Um filme digno de atenção e respeito. Adorei!
Bárbara Mellendez.
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