quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Filosofar é...


O filósofo e orador romano Cicero diz que "filosofar não é outra coisa senão se preparar apara a morte". Claro que não é algo para se preparar para a morte, estar pensando nela o tempo todo, não é isso..rs O que Cicero quer nos dizer, ou pelo menos acredito nisso é de que diante de uma coisa tão inevitável como a morte, que nós possamos aceitá-la com serenidade(se é que é possivel..rs), que nós possamos rever valores, diferenciar o necessário do desnecessário. Mas mesmo tentando entende-la como diz Cicero através da filosofia, mesmo assim, ela continua a ser um enigma para muitos ou melhor dizendo, para todos nós.
Admitir a morte como enigma, um acontecimento invetitável, pode nos levar a refletir sobre "de que forma devemos viver?" e pra isso nada melhor do que lembrar de Socrátes, condenado a morte por questionar o sistema de sua época. Antes de tomar o copo de cicuta(veneno), segundo um de seus discipulos Fédon que estava presente na hora de sua morte, diz que Socrates aparentava a ele um homem feliz naquele momento, um homem coerente no momento de sua morte, pois segundo suas palavras "Não poderia irritar-se com a presença daquilo(morte) que até então tivera presente em seu pensamento e de que fizera sua ocupação como pensador!"(Fédon, 64a).
Mas como é que danado Socrátes se preparou para a morte? qual é a receita disso? se é que existe receita..rs Meus caros amigos, segundo contam as más linguas, o carinha ai ensina que rejeitar os excessos de comida, bebida e do sexo, não deslumbrar com riqueza e hontra é a chave do negócio...rs Dá pra tu? Na verdade nem precisaria dizer isso, todo mundo sabe que exagero não é lá coisa boa, então moderação em tudo é o caminho, mas a bem verdade, o que Socrátes e a torcida do mundo não sabe é o que vem depois dela, mas não podemos negar que será uma vantagem pra nós seres mortais aceitar as crenças vigentes, permanecer confiante sobre n destino da alma, quando se vive conforme os valores da temperança, da justiça, da coragem, da liberdade e verdade. Dificil é, com tanta coisa ao nosso redor, não é?
A ultima frase de Socrátes em sua hora da mrote foi:
"É chegada a hora de partirmos, eu para a morte, vós para a vida. Quem sabe melhor rumo, se eu, se vós, é segredo para todos, menos para a divindade" 

Agora é com vocês, o que pensam sobre isso?

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

: : Ideias maravilhosas ou ideias maldosas : :

Ô mania de começar algo e deixar parado e as aranhas fazendo teia..rs Mas tudo bem, cá estou, antes tarde do que nunca, não é mesmo?

Eu deveria falar de muitas coisas, mas não sei por onde começo...."momento duvidoso"....hummmmmm....Nada como uma questão filosófica pra mexer numa salada, que na verdade é filosófica...rs

Bom, vamos a reflexão. Esses dias estava trabalhando com os meus pequenos filósofos sobre a IDEIA. Claro que não posso chegar pra eles e falar sobre o mundo das ideias de Platão, onde a perfeição existe. Não entendeu? Ok. Vou expolicar, presta atenção:

Para Platão, o mundo em que vivemos percebido pelos sentidos é uma pobre reprodução do mundo das Ideias. Cada objeto concreto que existe participa, junto com todos os outros objetos de sua categoria de uma Ideia perfeita. Uma determinada cadeira, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho etc). Outra cadeira terá outros atributos, sendo ela também uma cadeira, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas sejam cadeiras é, para Platão, a Ideia de cadeira, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser cadeira. A ontologia de Platão diz, então, que algo É na medida em que participa da Ideia desse objeto. No caso da cadeira é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo. Deu pra entender?

Pois bem, no caso dos meus pequenos filósofos, não vou estar falando de uma ideia de cadeira perfeita..rs Mas ai faço um joguinho de perguntas em que posso trabalhar esse sentido de ideia, no caso a questão foi:

                      UMA IDEIA MALDOSA PODE VIRAR UMA IDEIA MARAVILHOSA?
Pensem e coloquem suas ideias aqui..rs Lembrando que tudo tem uma justificativa..rs

terça-feira, 5 de outubro de 2010

_ : Eu e meu ventilador : _

Nas horas de silêncio, minha companhia é ele, silencioso quando quer e barulhento quando menos se espera e deseja, vive rodando numa direção só, acho que saber pra onde vai ele não sabe, mas continua, só para quando a ordem é dada, o comando é feito.
O ar que ele me dá é por vezes alivio até mesmo um desejo momentâneo, a qualquer hora, a qualquer momento. Quando estou em reflexão é pra ele que meu olhar segue, talvez procurando que meus pensamentos corram tão rápido como suas hélices e que minha mente possa ter o comando, a ordem e na mesma hora ser obedecido, mas não, não é assim que acontece, a mente não funciona como meu ventilador, ela é mais rápida, ela pode girar no mesmo sentido que ele, mas ela mesmo sendo minha, mesmo me pertencendo como o meu ventilador, ela parece que é uma parte de mim externa, individual, independente e por vezes controladora.
O ar que meu ventilador me dá, o alivio que ele me proporciona é o mesmo que minha mente faz ao descansar no sono, joga tudo que vem em meus sonhos e adormece, fica quieto por algumas horas, aquieta meu corpo e o que a mim pertence, a partir dali, meus pensamentos vão aonde quero e me sinto bem, meu ego se transforma, minha alma se renova, meu mundo é outro.
O importante não é o objeto na qual você fixa seu olhar, nem a comparação que faz com ele, nem os pensamentos malucos em que você se encontra, o que importa é o que você faz de você, o que você mostra pra si mesmo, seja em pensamento, seja em palavra,seja em atitude.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Platão e Tiririca, tudo a ver...rs

Para Platão, o primeiro e fundamental problema da política é que todos os homens acreditam-se capacitados para exercê-la, o que lhe parece um grave equívoco, pois ela resulta de uma arte muito especial. Distingue então três tipos de artes:
1 - aquelas que ele chama de auxiliares (que podemos classificar como as de ordem técnica, como o artesanato, a marinhagem, o pastoreio, etc...);
2 - em seguida vem as artes produtoras (o plantio, a tecelagem, o comércio, etc..), e por último:
3 - a arte de saber conduzir os homens, que seria a política propriamente dita, superior a todas as outras.

Para melhor ilustrar o seu ponto de vista, recorre a uma comparação: a atividade do político, disse ele, assemelha-se à da tecelagem. Nada mais é do que a arte da vestimenta, o que implica na escolha do tecido, das peças que devem ser costuradas à mão, e da armação final, pois seu objetivo maior é dar segurança e abrigo, da mesma forma que um trajo protege das intempéries e assegura os pudores. Por isso, o político deve desenvolver habilidades tais como saber cardar e fiar, porque um dos seus afazeres maiores é conseguir misturar o tecido maior e melhor com o menor e o pior (isto é, encontrar o equilíbrio entre os fortes e poderosos e os mais fracos e indefesos).

Tiririca aprendeu direitinho ...kkkkkkk

domingo, 3 de outubro de 2010

_ : Eu tenho uma, você tem? : _

Eu tenho uma ideia, mas o que é uma ideia? Algo inato? Único? Ou mesmo contrariando Platão a ideia seria a cópia de outra ideia? Deveríamos ir por parte nesse caminho, como se fosse um plano de aula ou um mapa a ser seguido em busca de tesouro.
A ideia parte de um desejo, de uma vontade, algo eu queira realizar mesmo que não tenha ele claro em seus pensamentos... Consegue pensar nisso?
Desejo e vontade são coisas que não faltam ao ser humano, são coisas altamente renováveis, pilhas recarregáveis perdem pra essa dupla, nós simplesmente nos alimentamos disso durante nossa vida, eles podem vir consciente ou inconscientemente, e quando chegam parece que nada nesse mundo é tão importante quanto dar vida ao que desejamos ou sentimos vontade.
Mas e a ideia? Talvez Platão tenha realmente razão quando diz que a ideia é algo perfeito, pelo menos no pensamento algo de perfeito e único podemos ter e ninguém pode mudar isso, não quando permanece ali... Quieto e privado. Quieto? Mas e a mudança? Eu me movimento o tempo todo, o mundo se movimenta o tempo todo, você esta em movimento agora, o agora já não é mais, mudou e o que mudou já está em movimento, e a “minha” ideia fica quieta? NÃO.
E se a minha ideia não pode deixar de ser e se ela não é de certa forma ideia, novidade, então ela não pode passar a ser uma ideia, ela simplesmente não existe, sendo assim ilusão de meus desejos e vontades, coisa inconcreta. É?
Confuso isso, mas recorro a Platão e me asseguro de que essa minha ideia de algo será a representação do que desejo ou tenho vontade, quando externo minhas ideias, jogo para fora o meu desejo e minha vontade de colocar nos sentidos o que até então minha alma desconhece.


E ai, você tem alguma ideia?